Sexta-feira 26 de Abril de 2024

Rafael Reis e Daniela Campos campeões nacionais de contrarrelógio

Ciclismo-NacionalRafaelReis-25-06-2022

Federação Portuguesa Ciclismo

Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor) e Daniela Campos (Bizkaia-Durango) sagraram-se campeões nacionais de contrarrelógio na categoria de elite, no arranque dos Campeonatos Nacionais de Estrada, que decorrem em Mogadouro.

Os corredores masculinos de elite enfrentaram um percurso de 33,6 quilómetros que, antes da partida, João Almeida (UAE Team Emirates) definiu como sendo para puros contrarrelogistas. O pódio viria a dar razão ao corredor das Caldas da Rainha, com os melhores especialistas presentes a darem cartas.

O mais veloz de todos acabaria por ser Rafael Reis. O palmelense parou o cronómetro nos 40.23, tendo pedalado à estonteante média de 49,922 km/h, tendo Ivo Oliveira (UAE Team Emirates), ficado a 29 segundos de recuperar um título que já lhe pertenceu em 2020, enquanto João Almeida, campeão no ano passado, fechou o pódio, a 41 segundos do vencedor.

O vencedor, Rafael Reis, referiu, no final, que “sinceramente, não estava à espera da vitória. Tive Covid-19 há três semanas e as sensações nas últimas provas não tinham sido nada boas. Comecei a treinar e sentia também uma grande instabilidade, com uns dias melhores e outros piores. Ontem vi o percurso deste contrarrelógio e gostei, pois favorecia ciclistas mais pesados, como eu. Tentei gerir a prova de melhor forma e consegui a vitória, que era algo que procurava já há vários anos. Tinha adversários de grande qualidade, dei o meu melhor e consegui surpreender-me a mim mesmo”

Entre a elite feminina (prova de 21,5 km), Daniela Campos foi a mais forte, revalidando o título nacional de contrarrelógio. A jovem algarvia completou o percurso em 32.35 (média de 39,591 km/h), batendo a colega de equipa Beatriz Pereira por apenas 7 segundos. A terceira classificada, foi Ana Caramelo (Kiwi Atlantico Louriña), a sete segundos da vencedora.

Ciclismo-NacionalDanielaCampos-25-06-2022

Federação Portuguesa Ciclismo

Daniela Campos, após à competição, salientou que “é uma sensação muito boa poder revalidar o título e estou muito contente por isso. Sabia que tinha hipótese de conseguir, mas temos atletas muito fortes nesta vertente. Tive de acreditar nas minhas capacidades e focar-me naquilo que eu podia fazer e correu tudo bem. Era um percurso bom para mim, não era muito técnico, mas tínhamos de ter em atenção o vento, que de certa forma dificultou o trabalho dos atletas”.

Nos sub-23 masculinos o triunfo foi alcançado por Pedro Andrade (Efapel Cycling), que arrebatou o título ao colega de equipa Fábio Fernandes. O ciclista feirense gastou 27.10 (média de 47,485 km/h), deixando nas posições imediatas Daniel Dias (Kelly-Simoldes-UDO), a 17 segundos, e Pedro Silva (Glassdrive-Q8-Anicolor), a 36 segundos.

A prova feminina contou ainda com a presença das masters. Entre as mais jovens das veteranas impôs-se a master 30 Nádia Mendes (Cantanhede Cycling/Vesam), com 35.08. A melhor master 40 foi Raquel Santos (CE Gonçalves/Azeitonense), com 36.07. A vencedora em masters 50 foi Filomena Gomes (Vertentability/CRG), com 36m01s.

Mogadouro recebeu ainda os Campeonatos Nacionais de Contrarrelógio de paraciclismo, tendo sido coroados 13 vencedores:

H2 Luís Jejum (Associação Salvador)

H3 João Pinto (Mirachoro Hotels/CC Portimão/Churasqueira do Vau)

H4 Feminina Sandra Manuel (Associação Salvador)

H4 Masculino Flávio Pacheco (Santa Cruz/Botelhos.pt)

H5 Feminina Felismina Gomes (Associação Salvador)

H5 Masculino Luís Costa

B Feminina Ana Silva/Isabel Caetano (Descobre Destreza Associação Desportiva)

C1 Bernardo Vieira (Academia Efapel de Ciclismo)

C2 Telmo Pinão (Academia Efapel de Ciclismo)

C3 Paulo Teixeira (Rodabike/ACRG/Gondomar)

C4 Ângelo Correia (Clube Ciclismo Amaro Antunes)

C5 Miguel Pacheco

D André Soares (Mato-Cheirinhos/Vila Galé/Etopi)

Neste sábado, Afonso Eulálio (Glassdrive-Q8-Anicolor) foi o mais forte e bateu Afonso Silva (Kelly-Simoldes-UDO) ao sprint para conquistar a vitória na prova de fundo do Campeonato Nacional de Estrada, em Mogadouro, distrito de Bragança.

O percurso de 132,2 quilómetros da prova de fundo dos Campeonatos Nacionais de Estrada fez estragos no pelotão da prova de fundo de sub-23, que se começou a partir ainda muito cedo na corrida.

A primeira movimentação surgiu logo nos quilómetros iniciais, com um ataque de Diogo Narciso (L.A.Alumínios/Credibom/MarcosCar), que se isolou na frente da corrida. O corredor foi aumentado a distância para o pelotão, chegando a ter cerca de 1.30s de vantagem para os perseguidores.

À terceira passagem pela meta, com 65 quilómetros de prova completados, já não existia um pelotão propriamente dito, com Afonso Silva (Kelly-Simoldes-UDO) a destacar-se e a tomar o lugar de Diogo Narciso na frente da corrida que, entretanto, viria a ser alcançado. Atrás de Afonso Silva seguiam dois grupos intermédios, o primeiro com nove elementos, a 40 segundos, e o segundo, com 10 elementos, a 1m20s.

Na penúltima passagem pela meta, a cerca de 20 quilómetros do final da prova, vários corredores foram perdendo o contacto com os grupos em que se encontravam, ficando Afonso Silva ainda na frente, com Afonso Eulálio (Glassdrive-Q8-Anicolor) a 45 segundos, João Silva e Lucas Lopes (Caja Rural-Alea) a um minuto.

Nos últimos quilómetros, Afonso Eulálio conseguiu chegar à frente da corrida, seguindo com Afonso Silva até à meta. A vitória seria discutida ao sprint, com Afonso Eulálio a superiorizar-se e a cortar a meta em primeiro lugar, conquistando a camisola de campeão nacional de fundo. Afonso Silva foi segundo e João Medeiros (L.A.Alumínios-Credibom-MarcosCar), que seguia num dos grupos intermédios, fechou o pódio na terceira posição a 10 segundos do vencedor.

O novo campeão referiu que “a corrida foi muito dura, como eu gosto. Também um pouco caótica, com muitos ataques. Os adversários estavam muito fortes e eu comecei por não me sentir muito bem. Com o passar dos quilómetros acabei por sentir-me melhor e ataquei. Quando me vi na frente foi até ao fim. Não há palavras para descrever o que sinto. Sempre desejei andar um ano com a bandeira de Portugal. Agora vou aproveitar o momento e desfrutar desta felicidade”.

 

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