Sábado 18 de Maio de 2024

Atletas olímpicas pioneiras distinguidas pelo Comité Olímpico de Portugal

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O palco do Auditório “José Vicente Moura”, no Comité Olímpico de Portugal, foi palco, esta sexta-feira, para distinguir atletas olímpicas com talento, audácia, resiliência, determinação, superação.

“Palavras de ordem” que marcaram a homenagem das Atletas pioneiras em cada modalidade na representação de Portugal, num encontro comemorativo do Dia Internacional da Mulher 2024.

As atletas distinguidas foram:

Helsínquia 1952

Dália Cunha (Ginástica), já falecida

Maria Laura Amorim (Ginástica)

Natália Cunha e Silva (Ginástica), já falecida

Roma 1960

Maria José Nápoles (Esgrima)

Regina Veloso (Natação)

Los Angeles 1984

Albertina Machado (Atletismo)

Aurora Cunha (Atletismo)

Conceição Ferreira (Atletismo)

Isabel Joglar (Tiro)

Rita Borralho (Atletismo)

Rosa Mota (Atletismo)

Seul 1988

Ana de Sousa (Tiro com arco)

Teresa Gaspar (Judo)

Atlanta 1996

Ana Barros (Ciclismo)

Catarina Fagundes (Vela)

Florence Fernandes (Canoagem)

Joana Pratas (Vela). A velejadora olímpica foi a única a usar da palavra para agradecer a todos (avós, pais, irmãos, marido) quantos a ajudaram na carreira e no pós-carreira, dizendo que o momento da homenagem “tem um enorme significado.”

Nagano 1998

Mafalda Queiroz Pereira (Esqui)

Sydney 2000

Cristina Pereira (Voleibol de praia), já falecida

Maria José Schuller (Voleibol de praia)

Atenas 2004

Vanessa Fernandes (Triatlo)

Pequim 2008

Ana Moura (Badminton)

Londres 2012

Lei Mendes (Ténis de mesa)

Luciana Diniz (Equestre)

Tóquio 2020

Teresa Bonvalot (Surf)

Yolanda Hopkins Sequeira (Surf)

Sameiro Araújo, vice-presidente da Comissão Executiva do COP, sublinhou ainda a importância da homenagem às atletas pioneiras que “ao longo de muitos anos foram transpondo barreiras, conseguindo abrir caminhos para que hoje as atletas, que comungam dos mesmos objetivos, tenham o seu percurso mais facilitado. Em pleno século XXI, verificamos, sem qualquer dúvida, uma evolução positiva, mas ainda há muito caminho a percorrer. E havendo caminho a percorrer, há que reconhecer que o caminho percorrido já foi muito significativo. Há que continuar, há que aprofundar e há sobretudo que acreditar.”

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Dirigindo-se diretamente às homenageadas, a vice-presidente da Comissão Executiva do COP disse: “O mundo mudou, as dificuldades não são hoje as mesmas de há 40 ou 50 anos. Vocês foram desbravando caminho para que hoje as novas gerações tivessem o caminho mais facilitado.”

Cristina Almeida, diretora do Departamento de Estudos e Projetos do COP, enquadrou o Dia Internacional da Mulher como “uma oportunidade para celebrarmos os progressos alcançados no sentido da igualdade no movimento olímpico.

E este ano comemora-se um marco extraordinário que será alcançado em Paris 2024. Pela primeira vez haverá paridade total de homens/mulheres dentro do campo de jogo, na participação de atletas. De 2% de mulheres nos Jogos de Paris 1900 a 50% nos Jogos de Paris 2024.”

Para Diana Gomes, presidente da Comissão de Atletas Olímpicos, “o Dia Internacional da Mulher é assinalado por ainda ser necessário fazê-lo. Muito caminho já se percorreu, e sem cada uma das mulheres que será homenageada, o desporto feminino em Portugal não seria como hoje o conhecemos. Todos temos, sim, todos, homens e mulheres, de estar gratos pela coragem de quem ignorou o que se escrevia, o que se prescrevia, o que se diagnosticava. Quase 50 anos passaram desde a oficialização deste dia pelas Nações Unidas. Já quase duas gerações percorreram este tempo, mas todos nós ainda vivemos e convivemos com desigualdade de oportunidades.”

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Beatriz Gomes, vogal da Comissão Executiva do COP e atleta olímpica de Canoagem, realçou que o impacto do percurso das homenageadas “vai muito além do Desporto. Estas mulheres enfrentaram e superaram barreiras e desbravaram caminho em desportos ditos à época de homens. Para que algumas de nós tivessem iniciado a prática desportiva com a sensação de que desde sempre foi assim, muitas tiveram de lutar, persistir, ultrapassar barreiras históricas, culturais e sociais para poderem praticar as suas modalidades desportivas. Isto deve-se à coragem e determinação das mulheres no desporto.”

E reforçou: “A celebração do Dia Internacional da Mulher continua a ser claramente necessária, na luta por direitos e oportunidades iguais. O caminho de conquistas até aqui foi longo e árduo para muitas, mas há ainda desafios a serem superados, e se o pensarmos noutras latitudes ainda mais. O desporto tem claramente o poder de ser uma força motriz nesta luta”.

Sameiro Araújo e Filipa Cavalleri, Ana Celeste Carvalho, Ana Vital Melo, Elisabete Jacinto e Mónica Jorge, da Comissão Mulheres e Desporto do COP, fizeram a entrega das distinções às atletas homenageadas.

A abrir e a encerrar o evento, atuou a soprano Patrícia Modesto, acompanhada pelo quarteto de cordas composto por Marija Pereira, Ludovic Afonso, Francisco Caldeira e Ricardo Ferreira.

 

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