Quarta-feira 17 de Setembro de 2025

Salomé Afonso foi 12ª classificada e Pichardo entra em ação hoje nos Mundiais de Tóquio

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FPA / Sportmedia

Salomé Afonso voltou a confirmar que está ao seu melhor nível, cumprindo a meia-final dos 1.500 metros em 4.00,92, terceira melhor marca de sempre (recorde pessoal de 3.59,32) mas, desta vez, não conseguiu ter pedalada para ir mais longe depois do ataque fulminante das quenianas.

Tentando seguir na frente da corrida, desde cedo se percebeu que poderia não estar tão bem “armada” (como no europeu do ano passado, onde ganhou a prata) – estava na parte final do grupo das 14 atletas – mas no momento decisivo a portuguesa estava longe e separou-se das mais “velozes” que seguiram para discutir as medalhas.

Ficou a cerca de um segundo do seu recorde pessoal e essa marca, se fosse repetida, apenas melhorava em um lugar a sua posição, tal o nível a que se correu nesta final.

Conformada, Salomé referiu que “tinha uma ideia tática completamente oposta. De certa maneira pensámos em começar à frente, sabia que o ritmo ia ser mais forte, mas o objetivo era estar o mais à frente possível para que a posição intermédia não fosse tão atrás. Mas não consegui, tenho de ser sincera”.

A segunda melhor portuguesa de sempre na distância, afirmou não ter tido “aquela reação inicial como deveria ter tido para me colocar dessa forma, não deixam de ser 14 nesta corrida, até aos 1000 metros toda a gente vai junta, senti dificuldades em colocar-me. Do ponto de vista físico não tive sensações extraordinárias, se posso dizer, senti-me sempre um pouco pesada, um pouco apática, tentei contrariar um bocadinho e nunca deixar relaxar um bocado. Nunca me senti fluida”, confirmando o comentário atrás referido.

Acrescentou ainda que “gosto de pensar que o dia de hoje não deu para muito mais, se calhar também não geri da melhor maneira a corrida. Agora há que analisar esta prova e trabalhar mais”.

O quinto dia – esta quarta-feira – de competição volta a ter mais portugueses.

No início da jornada (19h05), disputa-se a qualificação do triplo-salto, com Pedro Pichardo (17,47 metros como melhor esta época) no grupo A, acrescentando-se que o campeão olímpico português é o número da lista da presente época.

Tiago Luís Pereira (16,50 m, 25º no ranking) estará no grupo B, apurando-se para a final os atletas que saltarem 17,10 metros ou os primeiros 12.

Leandro Ramos (19h10) começará a qualificação do dardo masculino (81.94 metros, 29º), apurando-se os atletas que passarem os 84,50 metros ou os primeiros 12.

A primeira ronda dos 200 metros começa às 19h30, mas Lorene Bazolo (22,61 segundos, 67ª), integrada na quinta série, só corre às 19h58. Apuram-se para as meias-finais as três primeiras de cada série e as seis mais rápidas seguintes.

Às 21h19, Fatoumata Diallo (54,52 segundos, 22ª) corre na terceira meia-final dos 400 metros barreiras. Apuram-se para a final as duas primeiras classificadas de cada e as duas mais rápidas seguintes.

Isaac Nader (3.29,37 – 7º) corre a final (22h20) dos 1500 metros, com nova perspetiva de medalha, tudo dependendo da forma como a corrida será iniciada.

Os portugueses podem acompanhar estes Campeonatos através da RTP 2 e RTP Play, com a transmissão em direto e com os resultados a serem publicados na página da World Athletics, com informações no site e nas redes sociais da FPA.

 

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World Athletics

Outros destaques

A tricampeã olímpica do Quénia, Faith Kipyegon, correu os 1.500 metros em 3.52,15 para adicionar outro título ao seu currículo, terminando bem à frente de sua compatriota Dorcus Ewoi, que fez 3.54,92 para garantir a prata, e da australiana Jess Hull, que ficou com o bronze em 3.55,16.

Kipyegon tornou-se a segunda mulher a ganhar quatro títulos mundiais na mesma distância, depois de Shelly-Ann Fraser-Pryce, que ganhou cinco títulos nos 100m.

Em contraste, as outras finais do quarto dia – o salto em altura masculino e os 110 m com barreiras – foram incrivelmente competitivas e disputadas até o último minuto.

O neozelandês Hamish Kerr acrescentou o título mundial de salto em altura ao ouro olímpico, igualando o próprio recorde da Oceania com 2,36 m, o melhor do mundo. O americano Cordell Tinch, por sua vez, venceu a prova de velocidade com barreiras com o tempo de 12,99.

O canadiano Ethan Katzberg, campeão olímpico, começou forte na final do martelo masculino, com um lançamento inicial de 82,66 m. Mas momentos depois, o alemão Merlin Hummel lançou 82,77 m para encerrar a primeira rodada na pole position.

Katzberg respondeu bem no segundo round, lançando seu martelo a 84,70 m – o lançamento mais longo do mundo em 20 anos – quebrando o recorde do campeonato e o seu próprio recorde norte-americano. Essa foi a melhor marca do dia, garantindo ao canadense o terceiro título mundial em dois anos.

Hummel manteve o segundo lugar, à frente de Bence Halasz (82,69 m) e Mykhaylo Kokhan (82,02 m), marcando a primeira vez que quatro homens lançaram mais de 82 metros numa competição de martelo.

Medalhas

Até esta terça-feira, os Estados Unidos da América seguem na liderança, com 8 medalhas (6 de ouro e 2 de bronze); seguido do Quénia, com 5 (3-1-1); Canadá, com 3 (3-0-0-); Nova Zelândia, com 2 (2-0-0) e Jamaica, com 5 (1-3-1), em 31 países que conquistaram medalhas.

 

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