DR
A vila de Canfranc (Pirenéus espanhóis), recebe, desta quinta-feira a domingo, a 3ª edição dos Campeonatos Mundiais de Corrida em Montanha e Trail.
Portugal apresenta-se com uma seleção composta por 44 atletas e parte para a competição com ambições realistas, mas com a certeza de que este será um momento de crescimento para a modalidade no nosso País.
A comitiva nacional é liderada por Pedro Pinto, com Ricardo Esteves a assumir a seleção de montanha e Armando Teixeira o setor do trail. A lista integra atletas experientes e jovens promessas, numa aposta clara no futuro.
O programa competitivo volta a ser diversificado e exigente, com provas de Uphill (subida vertical de 6,5 km), Classic Up & Down (subida e descida, 15 km), Short Trail (45 km), Long Trail (82 km) e ainda a versão juvenil do Classic Up & Down para atletas sub-20 (7,5 km). Percursos técnicos, com grandes desníveis e trilhos exigentes, colocam Canfranc como um palco de enorme dureza e prestígio.
O selecionador nacional de trail, Armando Teixeira, sublinhou a motivação dos convocados, afirmando que “o grupo está confiante e é com muita honra e orgulho que irão vestir a camisola da seleção de Portugal. Acreditamos na possibilidade de um bom desempenho nesta competição, mas acima de tudo aquilo que pretendemos é proporcionar uma experiência positiva. A convocatória teve em consideração a junção de atletas com experiência com outros mais jovens, precisamente para cativar e motivar os mais jovens para entrarem nesta modalidade. Por isso, acima de tudo o grande objetivo é honrar esta camisola e lançar sementes para o futuro”.
Ricardo Esteves, responsável pela seleção de montanha, reforçou que esta participação deve ser entendida como parte de um processo de construção, ditando que “temos o objetivo de avaliar o diferencial entre os nossos atletas e os de outras seleções. Estamos numa fase de construção e por isso para estes mundiais a nossa principal missão será avaliar os resultados, avaliar a nossa participação comparando-a com outras seleções mais experientes, para podermos trabalhar depois em cima desses resultados para daqui a dois, três anos entrarmos na elite. Porque sabemos que temos atletas com potencial para lá entrar. Esse é o grande objetivo, sabendo que temos atletas que estão neste momento em grande forma e que irão dar o melhor nesta competição.”
A participação portuguesa nos Mundiais de Canfranc-Pirineus assume, assim, uma dupla vertente: lutar por resultados competitivos nesta edição e, sobretudo, consolidar bases para que a modalidade ganhe mais expressão e atletas no futuro.
Entre a dureza dos trilhos dos Pirenéus aragoneses e a força de vontade dos corredores nacionais, Portugal espera regressar desta edição não apenas com classificações honrosas, mas também com mais experiência acumulada e motivação reforçada para alcançar a elite internacional dentro de poucos anos.
Esta é a terceira vez que os mundiais unificados de provas de montanha e trail se realizam sob a chancela da World Athletics. Os Pirenéus sucedem às edições realizadas em Chiang-Mai, Tailândia (2022), e Innsbruck-Stubai (2023).
Este ano, os Mundiais recebem cerca de 80 seleções nacionais que totalizarão perto de 2.000 atletas, reunindo a elite mundial nestas especialidades. Quénia e Uganda chegam como os principais favoritos da África, enquanto da América, os Estados Unidos e o México prometem lutar por pódios. Na Europa, a França é líder histórica da contagem de medalhas, seguida por Alemanha, Suíça, Itália e Reino Unido.
As provas começam esta quinta-feira com a corrida de montanha, em Uphill. A prova masculina começa às 9h00 (hora portuguesa, menos uma hora em Espanha), com Marcelo Gonçalves, Paulo Gomes, Ricardo Soares Fonseca e Rui Muga. A prova feminina, tem início às 11h00, com as portuguesas Cátia Magalhães Mendes, Cátia Sousa, Joana Soares e Laureen Teixeira.
Mais informações sobre esta competição (start lists, horários e link para streaming da prova) podem ser seguidas na página da World Athletics.
