Tatiana Gonçalves / FPA
Portugal apresentou-se com equipas em ambos os géneros e somou classificações honrosas num pelotão de elite, com a equipa a obter o 16º lugar e a feminina em 13º
Os portugueses bateram-se entre as 27 seleções participantes, com Marcelo Gonçalves a ser o melhor luso, em 49º, com 44m08s. Seguiram-se Rui Muga (69º, 46m31s), Paulo Gomes (73º, 46m46s) e Ricardo Fonseca (76º, 47m04s).
No final, Marcelo Gonçalves afirmou que a prova “correu bem. Parti bem, consegui estar a lutar pelo top40 até ao quilómetro final. Este quilómetro final era muito duro, com uma inclinação a que não estou habituado a treinar, tive alguma dificuldade, mas estou feliz no geral pela minha prova”.
Os Campeonatos do Mundo de Corrida em Montanha e Trail Running 2025 arrancaram esta quinta-feira em Canfranc, nos Pirinéus espanhóis, com a prova Uphill, uma subida pura de 6,4 quilómetros e 990 metros de desnível positivo.
Tatiana Gonçalves / FPA
Entre as mulheres, a seleção nacional alcançou o 13º lugar coletivo (20 participantes), com Joana Soares em destaque ao terminar no 40º posto, com 52m45s. Acompanharam-na Cátia Santos Leitão (71º, 59m01s), Laureen Teixeira (76º, 59m56s) e Cátia Mendes (82º, 1h01m02s).
No final, Joana Soares, a melhor portuguesa, referiu que “a prova foi gira e gostei imenso. Tentei fazer o melhor por Portugal. O meu objetivo era lutar pelas medalhas, sei que era um bocado impossível, mas adorei a prova. Agora é descansar, fazer a recuperação para domingo estar na melhor forma possível”.
Num cenário imponente, o suíço Rémi Bonnet e a alemã Nina Engelhard escreveram os primeiros grandes destaques da competição, sagrando-se campeões do mundo.
Bonnet, que regressava à alta competição após problemas físicos no verão, impôs um ritmo demolidor desde os primeiros metros e venceu com 37m50s, deixando o queniano Richard Omaya Atuya no segundo posto. O também queniano Patrick Kipngeno, bicampeão em título, fechou o pódio em 39m20s. Por equipas, o ouro ficou para o Quénia, seguido da Suíça.
Na corrida feminina, Engelhard estreou-se em Campeonatos do Mundo da melhor forma, conquistando o ouro em 45m33s. A finlandesa Susanna Saapunki foi segunda classificada e a norte-americana Anna Gibson terceira. Coletivamente, a Itália levou a melhor, à frente de França e Canadá.
Esta sexta-feira, segue-se a prova de Trail Curto (44,5 km), onde os atletas nacionais (masculinos e femininos) voltam a medir forças com a elite mundial. São eles: Bruno Silva, João Ferreira, Nuno Campos, Rui Teixeira e Tiago Vieira; e em femininos Ana Oliveira, Ana Rodrigues; Inês Gomes, Patrícia Serafim e Paula Soares.
A prova de Trail Curto desta sexta-feira está agendada para as 07h00 (hora de Portugal Continental).
Os campeonatos podem ser acompanhados na página oficial da prova (resultados e outras informações), e nas páginas das redes sociais da FPA (Facebook e Instragram), com declarações dos atletas após o final das suas corridas.
O DNA (Dynamic New Athletics) sub-20 teve lugar em Leiria, nos dias 20 e 21 de setembro de 2025, reunindo dez clubes europeus numa competição inovadora e dinâmica, concebida para valorizar o atletismo jovem através de desafios interativos e por equipas. O evento foi organizado pela European Athletics, Federação Portuguesa de Atletismo e Juventude Vidigalense, com o apoio do Município de Leiria, transformando a cidade no centro do atletismo jovem europeu durante o fim de semana.
A competição contou com cerca de 200 atletas, com idades entre os 16 e os 19 anos, representando clubes de dez países, incluindo Portugal, através do Sporting Clube de Portugal e da Juventude Vidigalense.
FPA
Sporting em 4º no Dynamic New Athletics em Leiria
O DNA disputou-se num formato misto, envolvendo doze disciplinas em que todos os participantes competiram juntos, destacando o trabalho de equipa, a diversidade e a estratégia, num modelo que favorece provas rápidas e uma dinâmica contínua, com apenas uma prova em pista de cada vez.
O pódio foi composto pelas seguintes equipas Rieti (Itália) no primeiro lugar, Skoda (República Checa) em segundo e Ratoath (Irlanda) na terceira posição, enquanto o Sporting Clube de Portugal terminou num honroso quarto lugar.
Entre os principais destaques individuais, Marcos Lara venceu o salto em comprimento com 6,87 metros, Ugo Meecklo, 6,90 m, Yunilson Brito alcançou o segundo lugar no lançamento do dardo com 52,59 metros, a estafeta mista de 4x400m do Sporting terminou na segunda posição com 3m34s86centésimos e Lafaete Saraiva foi terceiro no lançamento do peso, com um registo de 10,79 metros. Os atletas portugueses evidenciaram grande competitividade, especialmente nas disciplinas de saltos e lançamentos.
O DNA de Leiria reforçou a posição da cidade como referência no panorama internacional de atletismo, evidenciando-se pelo formato dinâmico que envolveu o público desde o início até à eletrizante prova final “The Hunt”.
O evento foi unanimemente considerado uma celebração do trabalho de equipa, da juventude e do futuro do atletismo europeu, registando uma forte adesão e entusiasmo de atletas e público.
