Quinta-feira 30 de Abril de 5891

Liliana Cá a heroína (5º lugar) da equipa portuguesa no Europeu de Atletismo em Munique

Atl-EuropeuMunique-Liliana-16-08-2022

Federação Portuguesa de Atletismo

Liliana Cá foi a atleta lusa que mais se destacou neste segundo dia do Europeu de Atletismo de Munique, ao alcançar o quinto lugar (63,67) no lançamento do disco, que até podia corresponder à medalha de bronze.

Para o efeito, teria que lançar na ordem dos 65,21, registo alcançado quando foi a primeira na prova de qualificação – entre as 25 concorrentes – o que não se verificou porque faltou a tal estrelinha que, por norma, acompanha as grandes vedetas do desporto.

Ainda assim, é assinalável a proeza cometida, considerando que a atleta ainda está numa fase em que pode progredir.

Irina Rodrigues também esteve razoavelmente bem, terminando num 11º lugar, com 56,23, que podia ter sido melhor caso alcançasse o registo conseguido na prova de qualificação (57,04), que daria o 9º lugar.

O lançamento do disco foi ganho pela croata Sandra Perkovic, com 67,95.

No final, Liliana salientou que “sabia que a final ia ser uma prova diferente, difícil. Se formos ver bem, todas as que me ganharam têm melhor marca pessoal que eu. Agora é trabalhar para os próximos objectivos e para o que ainda aí vem. Os nulos na gaiola surgiram porque tinha muita vontade de lançar longe e por isso larguei o disco demasiado cedo. No fundo, é mais uma experiência e melhorei em relação aos Europeus de 2018”.

Irina Rodrigues referiu que “estou muito satisfeita por ter chegado a esta final, ser 11ª, atendendo a todo um ano em que me dediquei ao estudo e estive muito tempo sem o meu treinador, que vive nos Açores. Sinto orgulho do que fiz”.

Com prestação de relevo esteve também, nesta terça-feira, a marchadora Inês Henriques que continua a marcar posição de firmeza e, contra tudo e todos, continua a marcar pontos.

Conseguiu o 9º lugar na final directa dos 35 km Marcha, com 2.58.34, o que se considera excelente pelo esforço – de técnica e esforço – a que obrigada uma prova deste tipo. Ficaria bem melhor se tivesse entrado nas finalistas (8 primeiras) mas a vida continua.

A campeã europeia foi a grega Antigoni Ntrismpióti, com 2.47.00.

No final da prova, referiu que “depois do que fiz no mundial, eu e o meu treinador tínhamos programado ficar entre as oito primeiras, mas tive problemas de saúde desde o mundial, estivemos só a tentar gerir a forma. Estava a sentir-me bem, ainda fui num ritmo confortável, mas nos dez últimos quilómetros comecei a sentir muitas dificuldades. Mas tinha um compromisso comigo, de não desistir e procurei ir a um ritmo que me assegurasse esse objetivo, de acabar”.

E a recordista de Portugal ainda frisou que “ estreei-me nos europeus há 20 anos e estou a cumprir a 30ª época desportiva. Tenho 42 anos e ainda estou feliz e quero estar aqui. Ainda sinto alguma energia. É óbvio que 35 não é igual a 50 km, mas é uma nova fase e ainda com alguns resultados de qualidade. Eu hoje queria mais, mas não consegui. Fico satisfeita porque 20 anos depois, com seis campeonatos da Europa, a Inês Henriques ainda participa e termina em nono lugar”.

Abdel Larrinaga esteve muito bem na primeira eliminatória dos 110 metros barreiras e conseguiu o apuramento para a meia-final ao correr em 13,76, que correspondeu ao oitavo posto entre os 24 atletas que tomaram parte.

73212172_1384452951718279_5716594375690027008_nTambém apurado diretamente para as meias-finais, João Vitor Oliveira, que fechou em quarto lugar com a marca de 13,90 segundos, teve de enfrentar uma prova mais dura, depois de ter batido nas primeiras barreiras teve de se aplicar a fundo e cortar a meta com o célebre mergulho, fixando-se no 16º lugar, o último a ser apurado para a segunda fase.

Na estreia da presença de atletas lusos no salto em altura a nível de europeus (o que fica para a história) Gerson Baldé com confiança e conseguiu passar a primeira barreira, colocada a 2,12. A 2,17 metros falhou as três tentativas, sendo que, na última, deu a sensação de que poderia seguir em frente. Foi 19º entre os 23 participantes.

Na meia-final dos 100 metros, Carlos Nascimento alinhou na segunda das meias-finais, a mais rápida e também a que teve duas falsas partidas, e terminou em sétimo lugar, com a marca de 10,40 segundos, que correspondeu ao 21º lugar entre os atletas presentes.

Na mesma distância, mas no feminino, Lorene Bazolo alinhou na primeira das meias-finais, que também teve uma falsa partida, e correu em 11,42 segundos, o que a deixou na sexta posição, longe dos lugares de apuramento para a final, correspondendo ao 13º lugar de entre as 22 participantes.

Na meia-final dos 400 metros, Cátia Azevedo foi 11ª, com 11,42, num apuramento para a final que terminou aos 51,17.

Na prova masculina, João Coelho conseguiu o oitavo tempo (45,64) melhorando em relação aos 45,78 da eliminatória inicial, mas acabou por não ser apurado para a final porquanto ficou fora da zona, dado que foram apurados os dois primeiros de cada uma das três meias-finais, e mais os dois melhores tempos.

Nos 1.500 metros, Marta Pen Freitas acabou a eliminatória com o tempo de 4.07,82, que correspondeu ao 19º lugar, sem direito de passar à final.

Na prova masculina, Isaac Nader cumpriu a distância no tempo de 3.44,59, que correspondeu ao 24º lugar da geral entre os 26 participantes.

No salto em comprimento, Evelise Veiga não foi além de 6,17 na qualificação do salto em comprimento, terminando na 9ª posição.

Nos 3.000 metros obstáculos, Etson Barros foi o melhor português, com 8.38,04, terminando no 16º lugar entre os 32 participantes, com Simão Bastos a concluir na 27ª posição com o tempo de 8.57,27, enquanto Miguel Borges desistiu.

O europeu prossegue esta quarta-feira, com mais atletas portugueses em competição – em várias modalidades – que podem ser seguidas através da RTP2.

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